sábado, 9 de junho de 2007

Noturno

O relógio costura, meticulosamente, quilômetros e quilômetros do silêncio noturno.
De vez em quando, os velhos armários, estalam como ossos.
Na ilha do pátio, o cachorro, ladrando.
(É a lua.)

E, à lembrança da lua, Lili arregala os olhos no escuro.

Mario Quintana, 1948.

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