Resisto. Me mexo impacientemente nas cadeiras de plástico, enrolo a ponta do cabelo no dedo indicador da mão esquerda. E não adianta: estou virando uma figura caótica. Tenho evitado os espelhos e as reflexões. Surpreendo-me no meio do dia, espremida em roupas estreitas e cansada dessa noite mal-dormida. Completamente perdida. Nunca sei exatamente o que estou fazendo e não consigo ver um palmo adiante. Nada. O mundo se esforça. Abre-se em possibilidades fabulosas, caleidoscópio vivo. It’s not enough.
O encanto murcha rápido demais. Basta um toque tudo se dissolve. Plim! Basta um toque. Ou sou eu que me canso rápido demais? 8:01 am de todo o dia estou contemplando a minha insignificância diante do mar. Fecha aspas.
Inspirado em Mariele
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