terça-feira, 15 de março de 2011

"Era ela, elástica, com uma pele suave da cor do pão e olhos de amêndoas verdes, e tinha o cabelo liso e negro e longo até as costas, e uma aura de antiguidade que tanto podia ser da Indonésia como dos Andes. Estava vestida com um gosto sutil: jaqueta de lince, blusa de seda natural com flores muito tênues, calças de linho cru, e uns sapatos rasos da cor das buganvílias. 'Esta é a mulher mais bela que vi na vida', pensei, quando a vi passar com seus sigilosos passos de leoa, enquanto eu fazia fila para abordar o avião para Nova York no aeroporto Charles de Gaulle de Paris. Foi uma aparição sobrenatural que existiu um só instante e desapareceu na multidão do saguão."

 Adoro a maneira como Gabriel García Marquez narra os fatos, envolve a gente intensamente.
Preciso fechar o livro e abrir outro nada envolvente, pois os doutrinadores de direitos mais moderninhos não brincam mais de serem escritores de romance como seus antecessores faziam. Será pra economizar papel?

Nenhum comentário: